sábado, 8 de maio de 2010

Regresso!

Caros leitores,


Cá estou de novo de volta ao comentário e outras afirmações políticas e não só!

O marasmo continua. O país vai de mal a pior. Por culpa de quem? Nossa, claro!

Não adianta dizer mal dos políticos, porque somos nós que os fazemos à nossa imagem e semelhança quanto deixamos que nos mintam, omitam, e façam malabarismos vários para nos levar a votar neles!

Nós! Só nós temos a culpa!

Lamentemo-nos então! Mas façamos uma tentativa para mudar!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mário Crespo e a Mordaça do governo PS!

O Fim da LinhaTerça-feira dia 26 de Janeiro.

Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O escadote na política

Vou fazendo uma terapia do riso nestes tempo de campanhas...

Os meus familiares receberam um folheto desdobrável com o programa do PSD concelhio! Vinha listado por tópicos o dito programa. Era mini , abrangente, light, acusando a dieta de ideias que os políticos de hoje têm.
Mas o que deu que falar foram os candidatos! As suas caras vinham plasmadas no folheto.

- Olha o tal?
- Ah! Não sabia que ele era acandidato? E esta quem é?
- É a Célita.
- Não, esta?
- É um Drª da escola de Ansião!
- Ai sim! Tadinha, parece meia envergonhada, na foto!
- Deve ser por se lembrar que os políticos não prestam...
- Nã gozes... A senhora é bonita, é loura!
- Nã tou gozando, nha tia. A senhora é loura, sim. Mas foi esperta. Aprendeu que estas eleições podiam ser um bom escadote pra subir...
- Ai! Todos professores, os primeiros...
- A classe tá ganhando mal, tem que se safar de outra maneira, não?
- Mas tá aqui o senhor médico, também...
- Sim, também, mas é para coleccionar presenças em lugares de destaque...espalha as influências. É que ser doutor médico de província nã se tem muito que fazer, né. Há que procurar distracção.
- Mas filho, este aqui é organico!
- Organeiro de tocar órgão...
- Fica lá bem um músico. Mas estes mocitos tão jovens já na política!
- É que a vida não está fácil, nha tia. E eles aprenderam que de pequenito é que se trepa pó escadotito...
- Tás sempre mangando, filho! Valha-te Deus! Olha, mas o rapaz da foto grande é bem parecido, sim senhor!
- Tá ver, tia, vai ter um presidente jeitoso!
- Ó filho tou só a apreciar, nã vou votar neles... Eles andam sempre a mangar com a gente, sempre...
- Lá tá você! A mangar... coitados! Querem ser dar-lhe o cartão sénior pra você ser uma velhota mais feliz... e não se importar de fazer de escadote de 4 em 4 anos.
- Mas filho eu nã quero só o cartão, quero dinheiro no cartão..
- Tá bem, mas aqui não diz nada disso, só falam em cartões para jovens e velhos..
- Falam na água? É tão cara! E nas taxas do lixo...
- Não, aqui na falam em nada disso ( Coitada, ainda não percebeu).

Voltou a ver as caras do folheto.

- Mas praquê tantos, filho! No outro dia, o ti Zé Mouco, estava a ler que só iam ficar dois!
- São muitos, sim. Têm medo de andar sozinhos. Assim juntos podem votar uns nos outros, sempre garantem votos... isto é como as redes de amizade online ( mas pra quê explicar!).Uns conhecem outros que conhecem outros e mais outros e ... Votam depois nos primeiros! É um escadote articulado.
- Tás sempre a brincar filho! Vou lidar... ha!

Isto do escadote para o poder autárquico é difícil de explicar aos idosos!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

No Rescaldo das Eleições Legislativas

Alguns foram votar. Muitos abstiveram-se. Outros tantos votaram em branco ou nulo!
Sinais dos tempos.
A política descai na prática sem qualidade. O cidadão, que não é burro, desinteressa-se.
Bom, mas os que votaram fizeram os resultados: PS perdeu eleitores, PSD teve um resultado desastroso (apesar de se agarrar ao tal deputado que ganhou para lá do sol posto!), o CDS reforçou a sua posição como força política e o BE também. Os vermelhinhos assumidos ficaram na mesma.
O PS ganhou? Era o que faltava! Então este PS ainda não percebeu que o PSD está em farrapos?
Ganhou o roto ao mal remendado, podemos dizer. E não é necessário dizer mais nada, porque só não vê quem não quer.
O melhor é nas próximas legislativas, darem o braço e formarem um só partido. Talvez se salvem, porque por este andar não auguro nada de bom.
Vamos ver como vão correr os debates ( que de debate só tem tido o nome!) no parlamento.
Vão ficar todos amigos. É deste que percebem que os votantes querem o equilíbrio das várias forças políticas, como forma de colocar os senhores deputados a trabalhar de vez!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Planeamento pensado?

O que me ri há dias com as conversas de café de alguns cidadãos de Ansião.
O tema era banal. Falavam da política de educação do concelho a propósito de um ou outro candidato pelo PSD local às autárquicas.

- Mas então, as crianças da Torre não vão para a escola nova de Santiago? Não compreendo porquê?
- Há interesses... lugares públicos para manter...
- Mas sacrificam-se assim as populações... ficam lá meia dúzia de gatos pingados? Privados de convívio? Por causa de uma junta...
- E o jardim do outro sítio... vai ser feito... mais uma junta !!!

Ri-me porque as pessoas pensam, mesmo no no intervalo do café!

Vamos lá votar... mas a pensar !!!!!!

Amigos...é o QREN!

Amigos...é o QREN que fermenta a evolução que acusa a paisagem humana de Ansião, não é?

À parte a evolução inerente às pessoas dada pela escolaridade e pelos cenários económicos que lhes propiciou uma melhoria da qualidade de vida, própria da evolução dos tempos. Muitos blocos de cimento se ergueram em Ansião... Muitas obras públicas foram feitas... Centro de Interpretação do Nabão, Pavilhão Gimnodesportivo, o Estádio, os Centros Educativos, o Centro de Negócios... Enfim, um rol de betão armado... Mas a evolução foi bonificada, por quem? Pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional! AH! Quem deu estes apoios, quem foi? Claro, foi esse mesmo!

Sem esses apoios resta saber o que veriam os nossos olhos no lugar destes tijolos armados? O que nos teriam para oferecer os senhores do poder local sem o apoio do QREN!

O que nos irão eles oferecer se no futuro se o QREN falhar... Faltarão, por certo os adjectivos de que tanto abusam os que apregoam a continuidade na mudança!

Por outras palavras, acção, dinamismo, vontade, motivação do PSD concelhio, têm sido alimentados pelo Quadro de Referência Nacional. Tenho dito.

domingo, 13 de setembro de 2009

E no Concelho, estará o PSD em Baixa/ PS em alta?

No concelho a pasmaceira política mantem-se, animada penas por um despique de atitudes estratégicas para ver quem está primeiro a dizer ou a fazer qualquer coisa.

As entrevistas dos líderes do PSD e do PS sofrem do mesmo mal: vazio de ideias;
Os programas são vagos e revelam insuficiência de acções concretas para arrastar o concelho e o país para fora da crise.
Promovem-se promessas quase explícitas para angariar votos: apoio social, o IMI, o cartão sénior, as obras de requalificação disto e daquilo…andamos por aí. Mas para quê mais?
A nível nacional não há estratégia de governação, porque terá de haver a nível local?
Restam-nos os hinos que denunciam a nossa alma de poetas esfomeados por utopias abstractas que não sabemos concretizar em realidades.
Mesmo assim o PS local está a mostrar acção. Porquê? Porque o PSD não mostra nenhuma! E a que mostra é a reboque da oposição.
Conselho: arranjem-se novos partidos, com ideias e atitudes, ok?